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30 de nov de 2018 |

às 16:15

Semana da Consciência Negra no SENAC Comércio

Comércio

O mês de novembro é conhecido pelas suas relevantes celebrações relativas à resistência do povo negro. Assim, pensando nas questões de identidade, afirmação e resistência e no quanto elas são importantes na formação de um sujeito crítico em sua atuação no mundo do trabalho, criamos um ciclo de atividades para promoção de diálogos sobre a Consciência Negra. 
De forma inovadora, o Senac Comércio assumiu o desafio de fomentar discussões que fugissem do lugar-comum e trouxessem à comunidade geral uma proposta que contemplasse a representação que a cultura negra tem na formação de nosso país. Deste modo, foi possível lançar um novo olhar sobre o processo de formação de nossos jovens, no que tange às suas subjetividades e suas relações com os olhares que constroem sobre si mesmos e consequentemente sobre suas aprendizagens e fazeres profissionais.  Foram três dias em que convidados e o público discutiram aspectos substanciais da contemporaneidade e colocaram o Senac, mais uma vez, numa posição de vanguarda por propiciar a seu público soteropolitano e majoritariamente negro, a possibilidade de olhar para si mesmo e desenvolver seu potencial crítico-reflexivo. Assim, a gerente Kátia Lucena e sua assistente Mariana Lemos fomentaram a promoção do evento sob a mediação da instrutora Luca Carvalho, contando com o apoio e envolvimento dos colaboradores internos.
Na abertura do evento, dia 20/11, o convidado foi o Bacharel em Direito pela UFBA, Thiago Santana que construiu de forma conjunta observações sobre o tema “As relações étnico-raciais e o mundo do trabalho” e permitiu a formação de um desenho histórico sobre o trabalho dos negros enquanto cativos, até as leis que, gradativamente, culminaram na abolição da escravatura alcançando os dias atuais. 
No segundo dia de atividades, 21/11, “De-negrir: identidade, afirmação e resistência da negritude” trouxe como proposta a ressignificação do termo “denegrir” e a dinâmica envolveu uma roda de conversa a partir da seguinte provocação para os convidados: “E desde quando você é negro?”. Estiveram presentes o empreendedor e administrador Leonardo Machado, a delegada de polícia Dircea Cassiá, o antropólogo Luís Sacramento e Jeferson Brandão, este último, egresso dos cursos de Redação da unidade Comércio e recém-aprovado na Faculdade de Direito da UFBA.
No dia 22/11, no turno matutino, foi a vez de apresentar soluções em finanças pessoais e planejamento financeiro com a contabilista e mestranda em Administração, Lívia Santana. Ela trouxe toda a sua expertise em aplicações e investimentos e deu diretrizes para “Como se planejar financeiramente em tempos de crise.”
O encerramento da atividade aconteceu no turno vespertino com a presença do Doutor em Educação Gabriel Swahili e o mestre em Direito, Cleifson Dias, ambos versaram acerca da temática “Nem tudo é racismo: traçando as diferenças da injúria racial e criando estratégias de combate.” 
Celebrar Palmares e seu exemplo de resistência é manter viva uma memória cultural tão importante para a valorização da identidade negra e de sua atuação gregária nos variados espaços de atuação profissional como a gastronomia, o comércio, a moda, beleza, as ciências e a literatura dentre outras, amplificando e enriquecendo o cenário cultural do Brasil junto às demais etnias que formam o nosso país.