No dia 19 de outubro, o Senac  realizou o projeto “Diálogos Gastronômicos: Saberes, Fazeres, Tendências e Desafios do setor da Gastronomia Baiana”, na Casa do Comércio. O evento gratuito reuniu cerca 250 pessoas, entre elas profissionais, estudantes e amantes da boa gastronomia.  O debate contou com a presença da chef Tereza Paim, do restaurante Casa de Tereza, do chef Fabricio Lemos, do restaurante Origem, do chef Elmo Alves, do Senac, e da jornalista especializada em gastronomia, Daniela Castro.

A pauta da conversa girou em torno da importância da valorização da culinária baiana. A chef Tereza Paim comentou que atualmente existe uma tendência em se globalizar a gastronomia, porém, em primeiro plano, é primordial ter a consciência e a vontade de enaltecer a comida local. “O consumo de produtos regionais implica em vários setores, desde quem planta até quem consome. Quando se produz uma comida regional você também está ajudando o comércio local”, disse ela.

Segundo Fabrício Lemos, a Bahia é uma mina de ouro a ser descoberta. Ele já viajou para os quatro cantos do estado buscando entender as peculiaridades da gastronomia local: “vi na culinária baiana uma potência gastronômica”. Fabrício também comentou sobre as dificuldades para um restaurante se manter e disse que ter conteúdo é uma das chaves para o sucesso.

Quem também reforçou a importância da gastronomia baiana foi o chef do Senac Elmo Alves. “Precisamos conhecer a culinária da Bahia para além do dendê turístico. É essencial reconhecer novas possibilidades, novas técnicas e práticas”, comentou. O chef ainda acrescentou que lidar com gastronomia é mexer com a consciência humana, social e ambiental. Por fim, a jornalista Daniela Castro trouxe uma provocação para os que estavam presentes: “O que é ser de raiz? O que é ser contemporâneo?”. 

O intuito do debate foi fazer com que cada um refletisse sobre seu papel no cenário da gastronomia regional. Devido ao sucesso, o encontro sobre diálogos gastronômicos promete entrar pra agenda de eventos do Senac.