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Caju: o doce da fruta

28 de jul de 2022

O cajueiro Anarcadiáceas,, apresenta-se com quinhentas espécies conhecidas, entre elas a Anarcadium Occidentale L., considerada como uma árvore quase sagrada   no Brasil, na Mata Atlântica  do Nordeste. Muitos dizem que o caju é a fruta mais brasileira de todas.

             Além do consumo da fruta in natura há muitos outros aproveitamentos na culinária enquanto doce, vinho, castanha assada, na receita de bolos e de outros preparos doces..

            Além das formas doces: em calda, como passa destacando o açúcar da fruta, a tão celebrada passa de caju, está ainda em pratos salgados, destacando-se a  famosa moqueca de maturi da Bahia.

            As bebidas feitas de caju também ampliam possibilidades gastronômicas e comerciais como a conhecida cajuada – suco de caju, ou na maneira industrial a cajuína e o vinho de caju, além do licor e outras criações no artesanato   culinário da fruta.

    Como um exemplo de doce tradicional, trago o doce de caju à moda  da Bahia.

            “Escolhem-se cajus, que não estejam muito maduros, e que sejam sem mácula, e que devem ser descascados com uma casca de marisco, de modo que se tire toda a pele, e os talos, para que o doce não fique preto; piquem-se com um palito, extraindo-se metade do sumo, depois desta operação fervam-se em calda, e logo que   tenham fervido, retire-se todo o doce do fogo e feixe repousar até o dia seguinte, a fim de ficar a fruta bem repassada na calda. Depois torna a voltar tudo ao fogo, para tomar o competente ponto. Retira-se, e guarde-se em vasilhas. ” (Açúcar, Gilbertto Freyre)

 

RAUL Lody.

 

 

Nota: cajueiro, pintura de Albert Eckhout, século  XVII, Museu Nacional da Dinamarca,  na foto by Jorge Sabino.