coluna raul lody

Valorizar a cultura gastronômica da Bahia e preservar receitas tradicionais

27 de abr de 2010

Amoda - Doce da Bahia que era vendido nas ruas da cidade do São Salvador. A partir da rapadura ou do açúcar mascavo, em água fervente se inicia o processo, que é continuado ao fogo para tomar o "ponto". Quando estiver dando liga, acrescenta-se canela em pó. Em seguida deixa-se esfriar, e acrescenta-se farinha de mandioca, mexendo bem até misturar. A receita exige, ainda, muito gengibre ralado. A massa é então espalhada em uma tábua, untada de manteiga, e, aí, cortam-se em quadradinhos. Após endurecer, como a cocada, o doce Amoda está pronto para o consumo. Segundo a tradição oral, Amoda também integrava as “vendas de tabuleiro”, da, hoje, tão celebrada baiana de acarajé, que manteve como doce símbolo a cocada, e quando na época, o doce de tamarindo. Há relatos do consumo de Amoda, em Salvador, como comida de rua até a década de 1950. Amoda foi também conhecida como “alcamônia” em outras regiões do Brasil, no século 19. Raul Lody Curador MGBA