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Carnaval: festa de rua e comida de rua

09 de fev de 2015

As festas populares e tradicionais sempre são acompanhadas por comidas e bebidas peculiares, que mostram as maneiras de marcar identidade, e fazem com que as festas também tenham gosto e paladar. A festa é um momento especial, um marco nas relações sociais; e “comer a festa” é fundamental para que se viva integralmente a própria festa.

A Bahia tem longa e rica tradição em realizar festas. São as chamadas Festas de Largo, celebrações coletivas como: Bom Jesus dos Navegantes; Bonfim; 02 de Fevereiro – Iemanjá –; entre tantas outras que formam um amplo calendário. Más, sem dúvida, o Carnaval é o marco da expressão criadora desta Bahia multiétnica.

Assim, para viver a “Folia” é preciso comer.  Comer as “comidas de sustança” feitas a base de feijão, de mocotó; as moquecas, muitas, todas saborosas, e que mostram cardápios tradicionais para todos os desejos e paladares. E para marcar os paladares da Bahia, os “tabuleiros”, onde estão os queridos e desejados acarajés da “baiana”, e que certamente fazem a grande base do que se come nas festas de rua. São milhares de acarajés, além de abarás e outras delícias, delícias de tabuleiro.

E desta maneira as expressões das memórias, das realizações estéticas, das sociabilidades, das celebrações, acontecem no corpo e, em especial, na boca. Boca que leva os sabores do dendê, da pimenta, dos encontros de pertença à Bahia, a esta Bahia de todas as Festas.

Raul Lody