As bases conceituais da vitrine-homenagem trazem diversas reflexões dentro dos contextos da museologia e da museografia. E são conceituadas para integrarem o dinâmico processo expositivo do Museu da Gastronomia Baiana. Busca-se sempre ampliar os meios de comunicação com o público, pois o Museu entende que é uma instituição social e educacional que promove a sensibilização através da apresentação de informação, de interação, de lazer, entre tantas outras possibilidades que afirmam as múltiplas relações entre as exposições e o público visitante.

A vitrine-homenagem faz parte da exposição de longa duração, onde se inicia o circuito de visitação do Museu da Gastronomia Baiana. Também, a vitrine-homenagem é uma instalação expográfica , geralmente por um período de um ano. E cada vitrine-homenagem é temática, e traz ao público diferentes assuntos que são significativos na ampla, diversa e complexa, gastronomia baiana, como, por exemplo, a sua multiculturalidade, a sua multietnicidade, os seus diferentes aspectos sociais e econômicos; e, em destaque, a valorização do património alimentar da Bahia.

Certamente, há um entendimento amplo do Museu da Gastronomia Baiana que se dá nas muitas experiências gastronômicas que são possíveis nos seus espaços expositivos, porque o museu é um lugar para possibilitar diferentes sensações, sejam através do olhar, das sonoridades, dos paladares, e especialmente nas opções de comer e de beber grande parte do seu acervo; e isso tudo está ligado as recuperações das memórias e das identidades culturais.

O Museu da Gastronomia Baiana afirma a sua missão e o seu sentido vivo e dinâmico de ser profundamente interativo, e trabalhar com as emoções através da gastronomia. Assim, essas são as diferentes formas sensíveis para levar ao conhecimento e que se unem as linguagens que fazem parte dos equipamentos expográficos do Museu; pois, cada vitrine-homenagem é uma conexão com o patrimônio alimentar da Bahia.

RAUL LODY