Farofas: invenções nativas
07 de mai de 2012
Certamente tudo que chega da nossa, americana e notável, mandioca tem muita importância na formação dos nossos hábitos alimentares e na definição dos paladares que identificam os “gostos” do brasileiro.
As “cozinhas” são verdadeiros processos históricos e sociais que marcam os indivíduos e os grupos que são reconhecidos pela comida que comem, e pelos rituais sociais de se fazer e de se servir comida.
Nesse cenário, a farinha de mandioca, base alimentar de todo o Brasil, é, sem dúvida, o alimento mais nacional de todos os alimentos, e ainda é o que possui a maior variedade de usos gastronômicos e tem muitos significados culturais.
Na mesa baiana estão muitas, tantas, e deliciosas receitas para se fazer a farofa. E desse modo, com este artigo, iniciamos a recuperação de receitas tradicionais de “farofas” da Bahia.
Farofa do próprio caldo; farofa de toucinho; farofa de água quente; farofa de feijão; farofa de torresmo; farofa sabiá; farofa de dendê, sendo esta a mais emblemática forma de se fazer comida na Bahia e com identidade da Bahia.
Mistura-se arte e invenção à farinha de mandioca e aos temperos; caldos, carne, peixe, pimenta; e a muitos outros sabores que formam essas delícias que são tão nossas, brasileiras, e regionalmente baianas, em variedade e estilos, “as farofas”.
Raul Lody
07 de maio de 2012