O ouro verde do sertão baiano
16 de mai de 2013
No olhar ampliado sobre a biodiversidade e a valorização dos ingredientes “nativos” destaque para as palmeiras: da bacia do amazonas; do sertão; do cerrado; do litoral atlântico. São muitas espécies que, na sua maioria, oferecem produtos comestíveis, e matéria-prima para a fabricação de utensílios artesanais.
Embora o Cocos nucifera L. tenha uma ocorrência consagrada na Bahia, há outro coco “da terra” que integra os cardápios da cozinha tradicional, refiro-me ao licuri ou ouricuri, coco já conhecido e relatado no Tratado Descritivo do Brasil de 1587.
A presença do licuri na gastronomia da Bahia assume destaque como um caso notável no contexto da “ecogastronomia”.
Do fruto do liculizeiro – Syagrus coronata – pode-se produzir azeite, leite, e farinha. São receitas de cocadas, licores, e também como acompanhamento para galinha, peixe, arroz e feijão.
O licuri é um exemplo das muitas possibilidades do uso do coco na cozinha da Bahia, e mostra diversidade de estilos para se fazer comida, que identifica um “terroir”.
Raul Lody
15 de maio de 2013