COLUNA RAUL LODY
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Para que serve um MUSEU.

Um museu serve para guardar, mas não apenas guardar; serve também para mostrar, não apenas mostrar. Ele quer emocionar. Porque o museu é o lugar dos nossos encontros. Encontros com pessoas, com culturas, com costumes e com e com diferenças. 

O museu informa, mas não apenas informa, ele educa.  O museu constrói elos entre as pessoas e a sua história, e entre outras histórias. O museu também constrói novos olhares, amplia sentimentos, mostra que o mundo é muito maior.

O museu é um universo em cada frase, em cada fotografia, em cada sonoridade, que traz o valor do reconhecimento e da gratidão pela cultura. E, por tudo isto, ele é vivo, e tem sentimentos.

Hoje, quando se vive este evento do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, com 200 anos, e com o 5ª maior acervo do mundo, vive-se a perda de um pedaço da nossa história, da nossa memória, de um lado bom desse Brasil que não poderá ser mais recuperável.

Assim, o Museu da Gastronomia Baiana se solidariza com todos os que fazem existir o Museu Nacional, e com os museólogos de todo o Brasil. 

Os nossos sentimentos. 

O AUTOR Antropólogo, especialista em antropologia da alimentação, museólogo. Representou o Brasil no International Commission the Anthropology of Food. Autor de vasta obra publicada com centenas de artigos, filmes, vídeos, e mais de 70 livros nas áreas de arte popular e gastronomia/cultura/ patrimônio. Reconhecido por premiações mundiais e nacionais pelo Gourmand World Cookbook Awards. Curador da Fundação Gilberto Freyre, da Fundação Pierre Verger e do Museu da Gastronomia Baiana do Senac Bahia.