No mercado gastronômico são crescentes os movimentos para redescobrir e interpretar os sabores, e as novas maneiras de promover o consumo de determinado produto. O mercado busca despertar o desejo por algo que seja raro na gastronomia, e este desejo deve vir acompanhado pelo prazer do sabor e/ou pelo significado social que aquele ingrediente possa trazer de símbolo ou de poder.
Nestes contextos de globalização, são muitas as formas usadas para construir ou identificar os desejos dos consumidores. E o mercado quer ingredientes que possam levar a descobertas únicas. É por todos estes motivos que o chocolate é apresentado como um tema dominante, e crescente, para promover experiências que, mesmo globalizadas, tentam individualizar o consumidor.
E assim, contemporaneamente, há uma valorização especial para o cacau, e seus produtos, onde se destacam: aspectos agrícolas, biodiversidade, tendências, estilos; e assinaturas de produtores e de chefes, entre outras maneiras de tornar o chocolate cada vez mais fashion.
E, a Bahia, 5ª produtora mundial de cacau, mostra-se dentro das novas tendências e estilos de fabricação de chocolates autorais, de “terroir”, tanto para o mercado nacional quanto internacional.
Algumas marcas baianas notabilizam tendências, e dialogam com o consumo globalizado do chocolate, por exemplo: Isidoro, Mestiço, Modaka, Choc, Maltez, Mendoá, Sagarana, que se apresentam nos mesmo mercados de marcas consagradas como: Lindt & Sprungl, Ferrero Rocher, Ezaki Glico, Richard Donnelly, Richart, Godiva, DeLafée, Teuscher, Valrhona.
O chocolate, sem dúvida, integra o grande cenário gastronômico mundial dos sabores espetacularizados que atendem as representações dos desejos sociais e dos fenômenos da moda.
Raul Lody