O dendezeiro é tão antigo quanto a criação do mundo e do homem. O uso do dendezeiro na África pelos primeiros humanos é bem conhecido pelos registros arqueológicos.Tais usos datam de 4000 aC .
No caso do Brasil, e em especial da Bahia, vive-se uma verdadeira civilização do dendezeiro nos seus múltiplos usos, porque tudo se aproveita desta palmeira.
Trata-se do Elaes guineenses cujos cocos são preparados em azeite, no nosso tão saboroso azeite de dendê, uma marca das comidas afrodescendentes.
O dendê afirma as profundas relações entre o continente africano e o Brasil. E com a Bahia forma-se um sentimento de unidade e de africanidade representadas nos usos da palmeira e com destaque nas comidas, as comidas de azeite.
EPÕ PUPÁ, em idioma iorubá significa azeite vermelho, o nosso tão conhecido azeite de dendê.
E esta exposição temporária do Museu da Gastronomia Baiana ,ocupando a galeria art Food, a partir das fotografias de Marisa Viana é um exercício patrimonial e uma atestação do direito cultural de poder socializar aspectos das tecnologias artesanais de como se faz o azeite, seguindo a sabedoria tradicional.
Raul Lody.