A Páscoa traz os imaginários milenares dos festivais da primavera com a cultura dos povos pré-cristãos na Europa; pois a primavera marca a renovação da vida identificada nos símbolos da fertilidade, entre tantos outros fatos que acontecem na natureza nesta época. Entre os símbolos mais notáveis é o ovo proveniente de aves.
E é a partir da chegada do equinócio da primavera no Hemisfério Norte que se marca o primeiro domingo, após a primeira lua cheia, como o dia escolhido para a celebração da Páscoa.
A escolha da data da Páscoa ,no mundo cristão ,está agregada às antigas tradições dos povos pré-judaicos e cristãos como uma interpretação dos elementos da natureza e da magia.
Essas antigas culturas recuperaram as memórias de diferentes civilizações que ritualizam a primavera enquanto um ciclo da natureza aonde há um forte sentido de renovação da vida. Essas celebrações cíclicas aconteciam nas mudanças das estações, e também mantinham os seus diferentes costumes sacrificiais.
No caso da primavera, há o oferecimento dos primeiros frutos das colheitas; das primeiras garrafas de vinho; do fabrico de pães que chegam das primeiras espigas douradas de trigo; entre tantas maneiras de estabelecer comunicação com o sagrado.
Há uma variedade de deuses, de mitos, e de tantos outros personagens que se integram ao imaginário da vida, da comida, da festa, da comensalidade, da procriação relacionados à natureza. E é a ideia de continuidade do mundo que se une a Páscoa nas tradições judaico-cristãs, numa busca de interação do homem com o Divino.
Nas tradições culturais de base cristã ,o ovo permanece enquanto um símbolo e uma referência, sendo contudo , o de chocolate, comercializado no Brasil a partir do século XIX .
RAUL LODY.