Há muitas maneiras para se viver os rituais de comensalidade entorno de uma comida, como as celebrações que acontecem nas casas ou nos diferentes espaços públicos destinados para comer; e, em destaque, as festas nas quais as relações sociais ganham novos significados.
Celebrar é uma oportunidade para aproximar as pessoas, reforçar os diferentes papéis sociais de cada um, e revelar os variados segmentos sociais e culturais que trazem à mesa os momentos onde se vive a identidade e a memória ancestral.
Estar à mesa em família, num restaurante, num bar, numa banca de mercado ou feira, ou estar em pé na rua próximo ao tabuleiro de acarajé, mostram as diferentes maneiras de experimentar a comensalidade.
Nesses contextos, as bebidas têm variadas funções. Ora como acompanhamento da comida, ora como início de uma refeição, a chamada “abrideira”, seja no almoço ou jantar.
As abrideiras são normalmente bebidas alcoólicas, e entre elas a mais comum é a nossa tão celebrada cachaça. Esta bebida é um personagem fundamental neste momento inicial da refeição.
E assim, quase sempre, com um brinde ou uma salva com a “branquinha”, um dos muitos nomes afetivos da cachaça, dá-se início ao desfile de pratos com carnes, peixes, pirões, farofas, comidas com dendê, e molhos de pimenta.