Na tradicional cozinha baiana são muitas as comidas “verdes” que atestam os diferentes usos de folhas nos preparos culinários das receitas do Recôncavo. São receitas de comidas do cotidiano, das festas e dos cardápios das tradições religiosas de matriz africana.
O efó é um caso exemplar do aproveitamento das folhas, e das adaptações de ingredientes para as receitas.
Há o efó de: mostarda, capeba, aluman, mastruço, bredo; espinafre, língua-de-vaca, bertalha, taioba; entre tantas outras folhas que quando acrescidas de dendê, camarão defumado seco, e ou camarão fresco, coentro, cebola, limão, sal e postas de peixe, mostram a criatividade dos cardápios da mesa baiana.
O efó é também chamado de “caruru de folha”, pois caruru não é um preparo exclusivo com quiabos, caruru é um processo culinário que integra outros ingredientes verdes. Ainda, o efó é um guisado que tem na folha uma base para agregar os temperos. O efó pode ser acompanhado de arroz branco bem ligado, farofa de dendê, pirão, ou, ainda como diz o costume, uma boa farinha de mandioca. Farinha fininha, torrada, seca, como indica o bem comer da Bahia. E aí, para culminar a refeição, um molho à base de limão e pimentas frescas, no melhor estilo “lambão”.