No dia 16 de outubro é celebrado o dia mundial da alimentação, em virtude da criação, nesta mesma data, da FAO – Food and Agriculture Organization.
A FAO reúne todos os países membros da ONU, e cuida de grandes movimentos e projetos planetários que tratam de ingredientes, de produção de alimentos, de distribuição dos alimentos, de ações contra a fome, de direitos a soberania alimentar dos povos; de agricultura familiar, de biodiversidade; entre tantas outras questões sobre o alimento dentro de sua base social, econômica e cultural. E, sem dúvida, a comida, e tudo o que ela representa, é o grande tema de interesse mundial neste início de século XXI.
A partir daí as nações se mobilizam para que a população, atualmente de quase um bilhão de pessoas que ainda passa fome, tenha acesso a comida, direito ao alimento, e criam mecanismos para que um terço do que é produzido de alimento não seja desperdiçado.
Comer vai muito além de se nutrir; alimentar-se inclui a pessoa na sua tradição, e possibilita viver o pertencimento a sua história, a sua sociedade.
Assim é o acarajé para os baianos, muito mais do que um bolinho feito de feijão fradinho, cebola e sal, que é frito no azeite de dendê. O acarajé marca um lugar de afrodescendência na formação do povo da Bahia. É uma comida patrimonial deste povo. E, traz forte referência da civilização ioruba. E é por tudo isso que trago o acarajé como tema de celebração para marcar o dia mundial da alimentação.