COLUNA RAUL LODY
O Autor

Antropólogo, especialista em antropologia da alimentação, museólogo. Representou o Brasil no International Commission the Anthropology of Food. Autor de vasta obra publicada com centenas de artigos, filmes, vídeos, e mais de 70 livros nas áreas de arte popular e gastronomia/cultura/ patrimônio. Reconhecido por premiações mundiais e nacionais pelo Gourmand World Cookbook Awards. Curador da Fundação Gilberto Freyre, da Fundação Pierre Verger e do Museu da Gastronomia Baiana do Senac Bahia.

Leia os posts por ano de publicação
14/12/2017
O pão da festa
Sabe-se que as receitas nascem de experiências e de oportunidades, porque os ingredientes se mostram de acordo com os seus contextos ambientais, sociais e econômicos, que, desse modo, possibilitam dar significados simbólicos e organizar receitas.
01/12/2017
O dendê está fervendo
Se existe um ingrediente que identifica a Bahia e as cozinhas de matriz africana no Brasil é o tão querido e celebrado AZEITE DE DENDÊ.
23/11/2017
Baiana de acarajé: uma profissão reconhecida 23 de nov de 2017
O registro do ofício das baianas de acarajé como Patrimônio Nacional (IPHAN) amplia o lugar social de um saber tradicional que traz uma ampla e rica memória de mulheres que faziam e vendiam acarajés que vêm dos “ganhos”, século XVIII, onde já havia a mulher que comercializa comidas e bebidas artesanais.
01/11/2017
O mito da criação da feijoada
O princípio do aproveitamento dos ingredientes está em todos os povos, evidentemente com respeito às características culturais e religiosas na hora de selecionar os alimentos. Por exemplo, muçulmanos e judeus não comem carne de porco. Já os cristãos são verdadeiramente onívoros.
02/10/2017
O Museu da Gastronomia Baiana celebra o Dia Mundial da Alimentação
Com a criação da FAO (ONU) – “Food and Agriculture Organization” –, em 16 de outubro de 1945, para tratar da alimentação, e também da fome no mundo, vê-se que estes temas são fundamentais quando se quer garantir os direitos humanos; e o principal deles é o direito a comida, o direito a ter soberania alimentar.
11/09/2017
O Vinho da “terra”. A água ardente da cana.
As bebidas, quase sempre, estão relacionadas a comensalidade. Elas trazem diferentes significados para os rituais das celebrações e das sociabilidades. Também, a bebida é mostrada em diferentes contextos aonde o gênero declara uma espécie de permissão que delimita o que, onde e como beber.
30/08/2017
A “boa” cachaça, tão brasileira e tão baiana
Referência de produto da “terra”, aquele que atesta a identidade de um território, e também as suas diferentes técnicas de fabricação com as suas marcas de identidade e de pertença a uma região, a uma tradição, a um povo, a uma cultura; a nossa tão celebrada cachaça é uma das bebidas mais patrimoniais do nosso sistema alimentar, ela faz parte do sabor brasileiro.
03/08/2017
Vamos tomar uma abrideira!
Há muitas maneiras para se viver os rituais de comensalidade entorno de uma comida, como as celebrações que acontecem nas casas ou nos diferentes espaços públicos destinados para comer; e, em destaque, as festas nas quais as relações sociais ganham novos significados.
02/08/2017
Diz a tradição afro-baiana: agosto é o mês do “sabejé”
Há muitas festas populares da Bahia que, na sua maioria, são de base devocional, e celebram tanto os santos da Igreja quanto os orixás; pois é muito comum experimentar a fé a partir das relações populares feitas entre os santos e os orixás.
01/08/2017
Museu da Gastronomia Baiana, 11 anos pelo patrimônio alimentar da Bahia
O museu contemporâneo deve ser um grande articulador de redes socais, de movimentos sociais organizados, de instituições públicas e privadas, e de comunidades que busquem preservar, divulgar, e usufruir de linguagens que valorizam as relações patrimoniais que se dão nas muitas experiências culturais do cotidiano.
08/05/2017
Museu é lugar de coisa nova
O museu é um espaço onde são apresentados novos conhecimentos, novas abordagens, descobertas recentes; e ações interativas que não ocorrem apenas ou exclusivamente com o toque de tela, ou no apertar botões.
19/04/2017
São Jorge, a comida e o caçador
Sem dúvida, as diferentes matrizes etnoculturais, que marcam a nossa “cara” como brasileiro, confirmam como são profundas as nossas relações com o continente africano, que marca, em especial, as nossas tradições religiosas.
10/04/2017
Páscoa: a fertilidade, os ovos e o chocolate
A Páscoa cristã incorpora temas referentes à fertilidade e à vida, e que também representam o ciclo da primavera. E o ovo passa a ser um importante símbolo, pois, costuma-se, em muitas civilizações, oferecer ovos cozidos de diferentes aves, com as suas cascas pintadas, ou desenhadas, com temas que simbolizam a fertilidade e a fartura de alimentos na primavera.
31/03/2017
A fala social do Museu da Gastronomia Baiana
O Museu contemporâneo é um espaço de comunicação social vivo e dinâmico. E realiza interação com o público para marcar seu lugar de referência e de ampliação de conhecimentos.
21/03/2017
“Efó de tudo”
Na tradicional cozinha baiana são muitas as comidas “verdes” que atestam os diferentes usos de folhas nos preparos culinários das receitas do Recôncavo. São receitas de comidas do cotidiano, das festas e dos cardápios das tradições religiosas de matriz africana.
06/03/2017
Pititinga na folha de bananeira ou com dendê
Minha referência sobre esse peixinho tão gostoso vem das muitas visitas que fiz ao Recôncavo e, em especial, a Santo Amaro e a Cachoeira. As pititingas fritas, crocantes, e enfiadas em palitos de madeira, para serem comidas como uma refeição rápida; e se acompanhadas de cerveja bem gelada, ou de uma boa cachaça da região, era uma festa para o paladar e o espírito.
13/02/2017
Objeto, estética e sabor
O objeto tem uma fala funcional e simbólica porque a escolha do material, da tecnologia artesanal, ou industrial, empregada na sua construção, busca atender peculiaridades relacionadas a forma, ao tipo e ao uso; e, em especial, no caso dos implementos para a cozinha e para a mesa.
23/01/2017
Efuange de Angola e a Maniçoba da Bahia
As profundas relações entre as cozinhas da Bahia e as cozinhas de Angola mostram que durante as travessias do Oceano Atlântico aconteceram muitas trocas, interpretações e invenções de receitas, tanto da Costa da África para o Brasil quanto do Brasil para a Costa da África.
12/01/2017
Os pirões de Angola e da Bahia
São muitas as Áfricas que fazem parte da cultura baiana: África das Costas Ocidental e Oriental; África Austral; e os povos da África Mediterrânea, o Magrebe.
02/01/2017
Festas de Reis: comida, dança e poesia