COLUNA RAUL LODY
O Autor

Antropólogo, especialista em antropologia da alimentação, museólogo. Representou o Brasil no International Commission the Anthropology of Food. Autor de vasta obra publicada com centenas de artigos, filmes, vídeos, e mais de 70 livros nas áreas de arte popular e gastronomia/cultura/ patrimônio. Reconhecido por premiações mundiais e nacionais pelo Gourmand World Cookbook Awards. Curador da Fundação Gilberto Freyre, da Fundação Pierre Verger e do Museu da Gastronomia Baiana do Senac Bahia.

Leia os posts por ano de publicação
15/12/2020
Natal: as emoções à mesa
Entre as festas populares brasileiras, sem dúvida, aquelas que fazem o ciclo natalino, emocionam as pessoas que experimentam manifestações de teatro, dança, cortejo, música e gastronomia, revivendo histórias, fatos e personagens que traduzem o nascimento do Menino Deus.
02/12/2020
A mesa afro-baiana
Genericamente os produtos originários da ampla costa atlântica do continente africano são conhecidos como da Costa. Exemplo: pimenta-da-costa, inhame-da-costa, pano-da-costa, palha-da-costa entre muitos outros.
18/11/2020
“Estar de saia”: roupa, identidade e tabuleiro
A complexa organização das roupas tradicionais, que fazem o que conhecemos como roupa de baiana, recorre a amplos e diversos imaginários sociais. . Assim, pode -se entender as roupas e suas funções na vida cultural afro-baiana.. As joias sempre identificaram o lugar da mulher afro-baiana nas suas muitas relações com o trabalho e com a religiosidade.
03/11/2020
O Samba-de-Roda e os contextos do açúcar no Recôncavo
Como indica o próprio nome samba-de-roda, trata-se de samba organizado e desenvolvido em formação coreográfica em roda, uma das manifestações mais tradicionais do samba na Bahia, especialmente na área do recôncavo onde se situa a cidade de São Salvador e outros centros de grande importância, como Cachoeira, Muritiba, Santo Amaro da Purificação, toda uma região marcada pelo ciclo econômico , social e cultural da cana-de-açúcar.
13/10/2020
O Largo do Pelourinho e sua leitura ecomuseológica no Museu da Gastronomia Baiana
O lugar onde o museu é inserido aponta para uma forte tendência de observar e de identificar quem é o museu a partir do prédio. Também, a maioria das visitas começam com pelos espaços internos, como salas, galerias, e outros espaços que são organizados para mostrar coleções.
14/09/2020
Biscoitos, sequilhos e paladares da Bahia.
Os biscoitos, na sua variedade de técnicas e de estilos culinários, fazem parte da ampla trajetória das cozinhas do mundo. Estão integrados ao grupo dos pães e dos bolos secos, por causa das suas características comuns quanto ao uso das farinhas e das gorduras, tanto nas produções artesanais quanto nas industriais.
21/08/2020
O museu é além do objeto
Diferentes processos históricos, econômicos, sociais, tecnológicos, éticos e morais falam e relacionam-se com a instituição Museu, ampliando-se dessa maneira concepções e modos de entender quem é esse lugar tradicionalmente consagrador, legitimador e que cada vez mais chega aos espaços da natureza e da cultura em experiências de ecomuseus e museus a céu aberto, museus de território, entre tantos.
03/08/2020
Os sabores patrimoniais de Saubara.
Saubara é famosa pelas suas marisqueiras e da variedade de pratos que são organizados a partir dos saborosos moluscos que ganham interpretações gastronômicas com o emprego do leite-de-coco e do azeite-de-dendê.
20/07/2020
O pioneirismo do Museu da Gastronomia Baiana
Em 2020, o nosso Museu da Gastronomia Baiana celebra 15 anos da sua criação, tendo já realizando diversas ações no âmbito da educação patrimonial, com foco nos ingredientes tradicionais e de terroir, nos meios de produção artesanal, e, em destaque, as comidas e os rituais sociais dentro das expressões culturais, tanto no âmbito da biodiversidade quanto das matrizes étnicas.
26/06/2020
Acaçá Vermelho, uma comida patrimonial da Bahia.
Trago o caso de uma comida muito necessária, e liturgicamente comum nas cerimônias dos terreiros de matriz africana, presente no candomblé, que é o acaçá, com sua receita à base de milho branco, sem temperos, cozido em água, e envolta em folha de bananeira assada; porém ainda se pode acrescentar leite de coco, cravo, canela. O acaçá tradicional é também um complemento para os cardápios da mesa baiana. 
12/06/2020
No São João comer a festa é preciso
A festa é um grande ritual coletivo, necessário, funcional, preciso, em fé e em sociabilidades. Nela se pode viver o território de maneira especial, numa quase síntese simbólica do cotidiano e das formas de produzir e de consumir. 
13/05/2020
BAIANA DE ACARAJÉ: UM PATRIMÔNIO AMEAÇADO
As baianas de acarajé do Brasil e, em especial, da cidade do São Salvador são reconhecidas no seu ofício como PATRIMÔNIO NACIONAL / IPHAN. E, neste projeto de patrimonialização do 1º tema referente a comida e a alimentação reconhecido como PATRIMÔNIO NACIONAL, com muita honra atuei nas bases das pesquisas, e nas argumentações culturais e religiosas sobre o acarajé.
29/04/2020
A comida e o consumo
O distanciamento social tem mostrado diferentes panoramas de possibilidades, e opções, no que se refere a comida. Contudo, também temos dramáticas questões sociais que levam a uma crescente insegurança alimentar. 
15/04/2020
Do pertencimento à sobrevivência: a comida tradicional no mundo contemporâneo
Sem dúvida, o século XXI é marcado por diferentes maneiras de ver, e de se entender comida, nos seus muitos processos produtivos e das muitas interpretações sociais e econômicas.
03/04/2020
A arte de saber cozinhar.
A cozinha é um lugar especial, secreto, repleto de segredos, verdadeiro espaço ritualizado, autoral e antes de tudo um lugar de promover a vida, a nutrição e de pertencer a um modelo de civilização e de soberania alimentar.
18/03/2020
Para comer símbolos.
Existir e comer são duas ações indissociáveis. Come-se por inteiro, sendo a boca o último lugar que receberá o que chamamos de comida, alimento... Comer é um conjunto de sentidos e de sentimentos que se juntam para fazer um diálogo simbólico entre o corpo e mundo. 
03/02/2020
Comidas na rua. O tempo do Carnaval.
Tradicionais no cotidiano de muitas cidades brasileiras são as comidas disponíveis na rua. Feitas e servidas em praças, esquinas, adros, entre outros pontos que marcam a geografia de bairros, áreas históricas, portuárias, integradas a feiras e mercados, a monumentos, parques, jardins entre outros lugares que revelam as identidades de pessoas, sociedades, segmentos profissionais e étnicos, todos compondo os imaginários urbanos.
03/01/2020
Baile Pastoril: Um jantar dos camponeses 
As tradições do ciclo do natalino se estendem até o dia 6 de janeiro, dia dos  “Santos Reis”, onde se revela um amplo imaginário popular que tem como tema central a visita dos três Reis Magos do Oriente à cena da natividade em Belém.